sábado, 12 de março de 2011

Ms-dos

Muitos técnicos em informática, não viveram a era das telas pretas e linhas de comando enormes que faziam os micros de antigamente funcionarem, comandos como DIR, COPY, XCOPY, FORMAT, FDISK, podem até parecer estranhos, mas eles tem uma grande importância para todos os técnicos, inclusive aqueles que não sabem nada do Ms-Dos. 

Vou contar um pouco de da história do Ms-Dos e detalhar alguns dos comandos mais utilizados!


HISTÓRIA DO MS-DOS



No início dos anos 80, a IBM, que então dominava a indústria de computadores, deciciu entrar no negócio da computação pessoal. No entanto, como ela custou a tomar uma decisão sobre o assunto, já era tarde para desenvolver um projeto próprio. Por conta disso, seus executivos decidiram fazer algo que não era usual para a normalmente cautelosa e burocrática IBM. Enviaram um de seus gerentes, Philip Estridge, para Boca Raton, na Flórida, a dois mil quilômetros do quartel-general da corporação, situado no condado de Westchester, Nova Iorque, com uma mala cheia de dinheiro, com a recomendação de não voltar de Nova Iorque sem um projeto de computador pessoal no bolso.


Estridge percebeu logo que a única maneira de se produzir rapidamente um computador pessoal era utilizando componentes-padrão, em vez dos projetados internamente, pela própeia IBM, como ela sempre fazia. Nesta época, a Intel já tinha produzido dois sucessores para o 8080, o 8086, de 16 bits, e o 8088, uma versão do 8086, com barramento de 8 bits. Estridges escolheu, pois os chips que davam suporte a esse processador eram muito mais baratos que o dos 8086. Esta decisão baseou-se no fato de o preço de venda da máquina ser o ponto de maior importância no projeto.

Além de não ter interesse em construir ela própria os chips para equipar seu computador pessoal, a IBM estava muito menos interessada em escrever um software para ele. Seus executivos sabiam que o BASIC era muito popular entre os usuários de computadores pessoais, de modo que eles foram consultar Bill Gates, que nesta época já tinha fundado uma nova empresa, chamada Microsoft, afim de licensiar o interpretador BASIC para ser usado no IBM-PC. Pediram também que Gates desenvolvesse um sistema operacional para a nova máquina.

A Microsoft, porém, estava dedicada ao projeto de vender o UNIX, sob licemsa de Bell Labs (AT & T). Ocorre que o UNIX originário do mundo dos mini computadores, precisava de 100Kb de memória só para o sistema operacional e também de um disco rígido. A máquina da IBM, tinha um total de 64k de memória e não era equipada com disco rígido. Em função disso, Gates sugeriu que a IBM usasse o CP/M – 86, desenvolveido pela Digital Research. A IBM consultou a Digital Research, que respondeu que o desenvolvimento dos CP/M – 86 estava atrasado em relação ao cronograma original, e a IBM não podia esperar.

A Microsoft foi então mais uma vez procurada, desta vez consultada sobre a possibilidade de escrever um sistema operacional com as mesmas características do CP/M – 86. Os projetos de Gates o impediram de assumir a empreitada e realizá-la no prazo exigido pela IBM. Ele, porém, sabia que uma empresa vizinha da Microsoft, a Seattle Computer Products, havia desenvolvido um sistema operacional CP/M – like, denominado 86 – DOS , para testar as placas de memória que ela produzia e vendia. A Microsoft então comprou o 86 – DOS, e em abril de 1981, contratou seu projetista, Tim Paterson, para torná-lo ainda menor. Eles mudaram o nome do sistema para MS-DOS (Micro Soft – Disk Operating System), entregando-o a IBM dentro do prazo contratado. Quando o IBM PC foi anunciado com pompa de circunstância em agosto de 1981, o MS-DOS estava lá junto com ele.

Na versão da IBM e de muitos outros fabricantes, a maior virtude do MS-DOS era a de permitir que softwares desenvolvidos para CP/M, que rodavam no processador 8080 (o 8088 era compatível com o 8080 e podia rodar a maioria dos seus programas com pouquíssimas modificações), rodassem também sob o MS-DOS. Ninguém poderia imaginar que 10 anos depois este pequeno sistema, que surgiu no mercado quase que por acidente, pudesse estar controlando o funcionamento de 50 milhões de computadores espalhados pelo mundo inteiro.

Além do mais, ninguém, nem mesmo a IBM, tinha a menor idéia do sucesso que o IBM PC iria alcançar. A IBM imaginava inicialmente que ele seria usado para jogos. Basta ver que a freqüência de 4,77MHz do seu clock, foi escolhida em função da compatibilidade com a usada nos sistemas de televisão americanas, de maneira a permitir que as pessoas usassem seus próprios aparelhos de TV com vídeo em vez de monitores específicos. O PC também vinha equipado com hardware para controlar aparelhos de gravação/reprodução de fitas cassete, que poderiam ser usadas como meio de armazenamento, e joysticks. Nenhum destes dois dispositivos, teve muito uso, em virtude da inexistência de softwares para eles.

Provavelmente a melhor coisa que a IBM fez, foi tornar o PC um sistema aberto. O projeto completo, inclusive as listagem da ROM e os diagramas elétricos foram descrito em detalhes em um livro que estava disponível em todos os pontos de venda dos PCs. Isto fez com que fosse possível usar no PC tanto produtos de Hardware quanto de Software produzidos por terceiros, a exemplo do que foi feito por milhares de fabricantes no mundo inteiro.

De fato, com os diagramas de circuitos disponíveis, e a máquina sendo composta exclusivamente por componentes não dedicados, que podiam ser comprados em qualquer loja de eletrônica, muitas empresas passaram a construir e a vender cópias do PC, conhecida como clones, entrando em competição direta com a própria IBM. Foi devido a esta enorma carga de enrgia e criatividade que o PC teve tanto sucesso, e, a reboque dele, o MS-DOS.

É interessante dizer alguma coisa sobre o hardware do PC. Apesar do 8088 dispor de um espaço de endereçamento de 1Mb, a IBM resolveu alocar os primeiros 640k deste espaço para RAM, e o resto para as roms, placas de vídeo e outras coisas. Como consequência, o MS-DOS, foi projetado para suportar programas com tamanho máximo de 640k. Em um primeiro momento, isto não era problema, uma vez que as máquinas só tinham 64 kb de RAM, mas a incapacidade do MS-DOS em rodar programas com mais de 640k , tornou-se um problema sério. E este problema está ajudando na sua quase extinção.

Outra característica importante do IBM PC é o fato de ele não dispor de qualquer tipo de proteção por hardware. Os programas são livres para passar por cima do sistema operacional e acessar diretamente o hardware, usualmente com o intuito de obter uma performance melhor. Este estilo de programação resultou em um grande número de programas mal escritos e sem características que permitissem sua portabilidade. Tais programas constituiram-se numa assombração constante para seus criadores, que não raro os recebem de volta.

Com a certa complexidade do DOS em termos de comandos, foi criado um ambiente gráfico para ele, o Windows. No Windows, além de ser mais fácil "navegar" entre os programas devido ao sua interface simples de ser interpretada (pastas a diretórios, figuras para o arquivos, cliques do mouse), já era possível rodar dois programas ao mesmo tempo, coisa que o DOS não permitia, porém o acesso a memória ainda era no mesmo esquema do DOS, fazendo que falhas gerais que derrubasse o sistema fossem ainda muito frequentes.


Vou dividir esse post em duas partes , para nao ficar tão cansativa a leitura, no outro posto vou colocar os comandos mais utilizados e detalhar os mesmos.

Boa leitura!

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